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Rajados

Posted: August 26th, 2020 | Author: | Filed under: himen elastika literatura erótica anti-pornográfica | Tags: , , , , , , | Comments Off on Rajados

– Você transa com os gatos olhando?

Na casa onde moravam, o espaço era perfeito para 1 gato. Tinham 3. Assim cada uma poderia cuidar de um e dividir os cuidados. No início até pensaram em não adotar nenhum e assim construir uma das poucas casas de lésbicas sem gatos da história mas Fernanda achou um na rua, trouxe pra casa e não tornou mais essa ideia possível. Hoje em dia é até mais divertido entre elas. Sempre estão acompanhadas delas mesmas ou dos felinos. A casa sempre tem uma companhia especial.

Os gatos não costumam dormir dentro de seus quartos mas, na maioria das vezes, as portas permanecem entreabertas e eles caminham escondido em busca de cantinhos das mesas ou de cortinas ou objetos macios. Por isso, num sábado cozinhando, Camila perguntou à Amanda se ela já tinha se incomodado com a presença dos gatos enquanto ela transava.

– Cê sabe que eu não tenho transado muito, né? (riu) Mas, sei lá, no geral acho que não me incomoda, que eles não fixam olhando fixamente como dizem por aí e que talvez nem liguem para o que tá rolando. – disse Amanda.

– Sei… Mas perguntei porque esses dias tava deitada com Carol, a gente nem tava transando exatamente mas estávamos num momento de carinho, de repente, o Rajado (gato) pulou no travesseiro e subiu na minha cabeça. Ele subiu na minha cabeça!! Aí mandamos ele descer, ele desceu mas sentou numa cadeira na frente da cara e ficou olhando pra gente sem piscar. Daí não conseguimos mais. – disse Camila.

– Hahaha! Vocês ficaram com vergonha dele? – disse Amanda.

– Vergonha nada, eu fiquei é com medo do bicho me olhando como se fosse voar em cima de mim. – disse Camila.

– Ai amiga, mas a Carol é encanada assim que nem você? – disse Amanda.

– Então, não sei, será que ela se encana? Vou falar com ela. – disse Camila.

– Fala, bixa! Cês já tão saindo a um tempo, num tão? Às vezes ela nem liga. – disse Amanda.

No dia seguinte, Carol foi visitar Camila, conversaram e riram juntas sobre o misterioso incômodo ou não-incômodo dos gatos. No geral, nenhuma delas ligava tanto mas concordaram que era melhor fechar porta por vários motivos. Carolina tava recente na rotina de Camila e, no começo, as coisas podem ser bem intensas. É muito frequente que uma sinta vontade da outra o tempo todo. As duas dormiram juntas durante uma semana inteira e no primeiro dia ficaram muito próximas. De tardezinha, no sofá, Carol disse:

– Às vezes, eu sinto vontade de entrar dentro do seu corpo pra ver como ele é quente. É uma sensação que fica ainda mais forte quanto eu enfio uns dedos em você ou chupo a sua buceta. Você é toda quente e as partes de dentro que conheço – as paredes da vagina, o cólo, a língua – estão sempre aquecidas. É bom sentí-las quando estou com frio ou simplesmente quando tô em busca de um calor não tão físico, um afeto.

– Gosto muito de você e acho que entendo isso, por mais estranho que pareça rs. Que bom que cê veio e a gente aqui. – disse Camila passando a mão na sua perna.

– Quando você fala assim comigo, tão linda, eu fico tão molhada que, às vezes, tenho a impressão de que vai escorrer pelas pernas e molhar a roupa, o sofá, o chão… – disse Carol.

Depois de conversarem, Carolina guiou a mão de Camila da sua perna para sua boca. Chupou os dedos, um por um, devagar enquanto olhava fixamente nos seus olhos. Percebia olhares de excitação e prazer em Camila que a observava. Beijou os seus dedos, sua mão, o braço inteiro. Passou a língua pelo seu pescoço antes de te dar um beijo. Sorriu de leve e ela retribuiu. Abriu as pernas de Camila aos poucos enquanto a beijava e passou os dedos perto do seu clitóris ainda por cima da calcinha. Deu pra sentir e foi mais fácil de encontrar um ponto gostoso com o tempo e a prática. Movimentou os dedos em formato circular. Camila pediu:

– Vai mais forte.

Quando os movimentos estavam mais rápido e o corpo chegava a ter espasmos, Camila também tocou Carolina com os 4 dedos juntos em formato de “concha”, acariciou os lábios externos, separou-os e tocou o clitóris ao mesmo tempo em que estava sendo tocada. As duas fecharam os olhos pra manter a concentração. Uma respiração atrás da outra. Camila mordeu o lábio e abafou um pouco o gemido enquanto teve um orgasmo. Carol teve em seguida mas não segurou.

Um orgasmo compartilhado chega a ser, quase tão difícil, quanto os orgasmos múltiplos. Mas é sempre bom tê-los.

 

 

 

 


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